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Caso Flordelis: Defesa de Flávio tenta impedir júri popular

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|  Foto: Pedro Conforte
Defesa alega dificuldades de Flávio para dar continuidade aos estudos. Foto: Pedro Conforte

O advogado de Flávio dos Santos Rodrigues, filho da deputada Flordelis, acusado de ser autor dos disparos que matou o pastor Anderson do Carmo em junho de 2019, vai recorrer da decisão do seu cliente ir a júri popular. 

A decisão foi proferida no último dia 18 de dezembro pela juíza, Nearis Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói. 

Em sua decisão, a juíza justificou que 'a prova exigível para a submissão ao julgamento pelos pares é inferior à prova necessária para a condenação e a defesa terá oportunidade de sustentar suas teses perante os jurados'. 

A magistrada cita ainda que não é o caso de uma absolvição:

'Se os elementos de convicção constantes dos autos não demonstrassem suficientemente ser o réu suspeito da prática do crime, a decretação da impronúncia se imporia'. 

Sobre a questão da impronúncia do réu, a decisão da juíza diz que 'o acervo probatório produzido atesta a materialidade do delito e a existência de indícios suficientes de autoria, sendo isso o bastante para autorizar a pronúncia do réu'. da vítima, não devem ser afastadas".

Estudos

Consta na decisão que Flávio dos Santos havia requerido retorno para a unidade prisional de Bangu 8 ou para qualquer
outra unidade que tenha escola.

Segundo a Defesa, Flávio afirmou que conseguiu depois de 13 meses, fazer um curso por apostila, para estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e também para a prova da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

"A única dignidade que eu tinha, quando estava em Bangu 8, eu estava estudando, eu estava lendo", constava no documento apresentado pela Defesa.

O crime

Anderson foi baleado na madrugada do dia 16 de junho de 2019, na garagem de casa, na Região de Pendotiba, em Niterói. 

De acordo com a Polícia Militar, na época, Flordelis disse que eles estavam voltando de uma confraternização e, quando passavam pela região de São Francisco, a deputada teve a sensação de que estava sendo seguida por uma moto, versão que acabou descartada durante as investigações. 

Segundo a parlamentar, o casal chegou na residência e Anderson voltou ao veículo para buscar pertences pessoais. O veículo estava na rampa de acesso à garagem contígua ao portão. No retorno ao carro, criminosos teriam acessado o local e alvejado a vítima.

Anderson foi socorrido ainda com vida para um hospital particular em Niterói, mas não resistiu aos ferimentos. 

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